A manutenção do ônibus, como limpeza, guarda do veículo, motorista, que será feita pela empresa Transporte Raial, vencedora da licitação, vai custar, pelo menos, R$ 13,6 mil por mês. Para fazer a plotagem foram gastos R$ 8,8 mil. Além disso, a Câmara terá de gastar com segurança, divulgação da reunião, cerimonial, deslocamento, cadeira, entre outros serviços, para dar às sessões externas a mesma estrutura das que acontecem na sede do Legislativo. “É impossível fazer mais barato do que os preços que a gente conseguiu”, defendeu Burguês diante das críticas de vereadores de que o projeto ficou muito caro.
A Câmara Itinerante será lançada pelo tucano em 24 de setembro e a primeira audiência acontece no dia 28, segundo ele, em uma vila ainda a ser definida. Burguês defende que seu projeto vai aproximar o cidadão do Legislativo. “Poucas pessoas participam de audiências públicas na Câmara”, acrescentou.
Seus colegas, no entanto, argumentam que outras medidas poderiam ser tomadas para atrair as pessoas às sessões da Casa e, com isso, economizar recursos públicos. “A Câmara Itinerante é um projeto pessoal do presidente que vai ser candidato a deputado no ano que vem”, disse um parlamentar que não quis se identificar. Burguês afirmou que teve várias conquistas à frente da Presidência do Legislativo e que não precisaria desse projeto para se promover. “Há muitos anos eu planejo a Câmara Itinerante”, acrescentou.
Ouvidoria Além do ônibus, Burguês vai lançar, na semana que vem, uma ouvidoria. Foram instaladas divisórias fechando salas no saguão principal do Legislativo onde ela vai funcionar. “Ficou horrível. Aqui é um órgão público, ele não pode fazer isso”, disse outro vereador que também pediu que sua identidade não fosse revelada. O novo espaço vai abrigar também a Escola do Legislativo.