A presença mais intensa da presidente Dilma Rousseff em Minas Gerais nas últimas semanas já está provocando a reação da oposição da petista no estado. A visita de Dilma a Belo Horizonte nesta terça-feira já é a terceira em terras mineiras só neste mês. A situação não está agradando os aliados do senador Aécio Neves (PSDB), possível candidato tucano à Presidência em 2014. A investida da petista é um dos assuntos tratados pelos presidentes e representantes dos partidos aliados de Aécio em reunião na tarde desta segunda-feira, na sede do PR, na capital. A intenção, conforme o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, é discutir ações para se contrapor à presença, que tem se tornado constante, de líderes e possíveis candidatos do PT em Minas. De acordo com Pestana, um grupo formado pelas principais lideranças aliadas em Minas passará a percorrer o estado. “A ideia é criar um contraponto, discutir um movimento suprapartidário para viajar as principais cidades de Minas. Vamos divulgar todas as ações feitas nos últimos 10 anos ”, contou. Ainda segundo o tucano, além da presidente, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT) – cotado como candidato do PT ao governo de Minas -, também tem intensificado as agendas no estado.

Nomes para a disputa

Outro assunto abordado nesta tarde durante a reunião é a composição das coligações proporcionais para as disputas de deputado federal e estadual. Apesar da especulação sobre alguns nomes como o vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PR); do senador Eduardo Azeredo (PSDB) e do presidente da Assembleia de Minas, Dinis Pinheiro (PSDB), para o governo estadual, o presidente do PSDB mineiro negou que esteja sendo articulado algum nome. Segundo ele, a escolha só será feita entre dezembro deste ano e março de 2014. Pestana adiantou que o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves deve se reunir com os partidos em setembro para tratar das estratégias e para conversas que definirão quem disputará o governo do estado.