Após protestos, muita confusão e duas ocupações, a Câmara Municipal de Belo Horizonte começou a discutir questões relacionadas ao transporte coletivo da capital. Nesta segunda-feira, o assunto foi debatido em audiência pública. Com a presença dos parlamentares e de representantes do Executivo e de movimentos populares, o assunto esquentou o principal plenário da Casa, que teve até bate-boca entre vereadores e participantes. Apesar disso, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) - outra reivindicação da pauta dos protestos -, ainda não conseguiu sair do papel, já que não há número suficiente de assinaturas para criá-la.
De acordo com o vereador Gilson Reis (PCdoB), as discussões desta tarde abriram caminho para que o assunto possa ser debatido entre os diversos setores da sociedade.“Conseguimos abrir o debate. Muitas questões ainda precisão ser discutidas”, considera. Sobre a instalação da CPI, o vereador acredita que, com o início dos trabalhos, será possível conseguir as assinaturas que ainda faltam. Até o momento apenas oito parlamentares assinaram o requerimento. Além de Gilson Reis, disseram sim a CPI o Doutor Sandro (PCdoB) e Iran Barbosa (PMDB). Além dos petistas Adriano Ventura, Arnaldo Godoy, Juninho Paim, Pedro Patrus e Tarcísio Caixeta.
Ainda faltam pelo menos cinco assinaturas para que a comissão possa existir, mas Reis aposta que até o início da próxima semana esse número seja alcançado. “Com o retorno dos trabalhos da Casa, acredito que podemos ter um indicador se vamos conseguir. Belo Horizonte não pode deixar de discutir o assunto”, acredita.
Manifestação
Os manifestantes que estiveram presentes na audiência desta segunda-feira na Câmara Municipal de Belo Horizonte prometem continuar com os protestos. Os integrantes do movimento passe-livre estão programando um protesto para a próxima quarta-feira. O objetivo do grupo é chamar a atenção para a discussão da gratuidade no transporte público da capital.
Com informações de Alice Maciel