Leia Mais
Patriota deixa governo, após caso do senador bolivianoDilma havia proibido operação de fuga do boliviano Senado aprova nome de Patriota para representar Brasil na ONUNovo chanceler chega no começo da tarde a BrasíliaCâmara quer ouvir novo chanceler sobre retirada de Pinto Molina da BolíviaGilberto Carvalho lamenta saída de Antonio PatriotaItamaraty decide afastar diplomata que trouxe ao Brasil senador bolivianoFerraço diz que 'houve negligência' do Itamaraty no caso do bolivianoO deputado não fez objeções ao nome de Luiz Alberto Figueiredo, que, segundo ele, teria feito um bom trabalho liderando a diplomacia brasileira na área de mudanças climáticas. "A nossa expectativa é de que ele dê o equilíbrio necessário ao Ministério de Relações Exteriores", comentou Thame.
Para a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Figueiredo foi "compensado" pela presidente Dilma Rousseff por seu trabalho na área. "Que bom que é Figueiredo", comemorou. Perpétua, que teve uma reunião mais cedo com Patriota para tratar da questão boliviana, classificou a decisão da presidente Dilma como "rápida" e disse que o Palácio do Planalto tentou sinalizar para o governo boliviano que não gostaria de ter encerrado o caso dessa forma.
De acordo com Perpétua, havia uma situação de "estresse" permanente na Embaixada em La Paz com a presença do senador, que ameaçou se suicidar em outras ocasiões. "Senti um nível de estresse muito grande por parte dos nossos funcionários", revelou a deputada, que esteve algumas vezes na Bolívia como representante do Parlamento brasileiro. A deputada acredita que o governo brasileiro "demorou muito" para dar uma solução ao problema. "Quinze meses é muito para tomar uma decisão", opinou. "O (Eduardo) Saboia (chefe interino da Embaixada) não tinha outra alternativa e ele arriscou a própria vida", defendeu.
Perpétua disse que Patriota sempre se mostrou disposto a ouvir os parlamentares, mas sinalizou que a relação entre o ministro e a presidente Dilma estava desgastada. "A gente sabia que tinham situações delicadas ali", comentou. "A presidente Dilma queria mais agilidade nas ações. Era o que a gente percebia", emendou.