Jornal Estado de Minas

Demora tucana para escolher candidato à Presidência da República é arma petista

Presidente Nacional do PT, deputado Rui Falcão, disse que demora na escolha do candidato tucano à Presidência da República é um dos trunfos de Dilma

Marcelo da Fonseca- enviado especial
A indefinição do PSDB sobre quem será o candidato à Presidência da República nas eleições de 2014 foi apontada pelo presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, como um dos trunfos da presidente Dilma Rousseff na tentativa de permanecer no Palácio do Planalto por mais quatro anos. Na avaliação do petista, o cenário se repete para a disputa estadual, em que o PT já definiu o nome do ministro Fernando Pimentel como candidato ao governo de Minas, enquanto os tucanos se decidem entre o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB); o presidente estadual do partido, deputado Marcus Pestana; o vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP); e o ex-prefeito Pimenta da Veiga (PSDB).
“Até hoje não sabemos quem é o candidato a presidente pelo PSDB. E as eleições estaduais terão uma conexão com a disputa nacional. O PT já tem um candidato para presidente, que é a companheira Dilma, e já temos um candidato definido para Minas, que é o ministro Pimentel. Não sei se o senador Aécio é mesmo candidato para o ano que vem”, alfinetou Falcão, que esteve ontem em BH para o lançamento da candidatura de Gleide Andrade à Presidência do PT estadual.

Sobre a possibilidade de enfrentar um aliado nacional na eleição para governador de Minas, uma vez que líderes do PMDB no estado já manifestaram interesse em lançar candidato, Falcão considera que uma aliança das duas legendas seria positiva para garantir um palanque local forte. “Nossa expectativa é ter uma aliança no estado e esperamos contar com o PMDB, mas eles têm direito de postular a vaga”, disse o petista.

Falcão rebateu críticas feitas por parlamentares do PSDB aos anúncios da presidente Dilma para as obras prometidas anteriormente. Os tucanos questionaram o novo anúncio de recursos para recuperação de cidades históricas mineiras, prometidos em 2009 pelo ex-presidente Lula e em outras duas ocasiões pela própria presidente. “A população vai julgar se esse discurso contra verbas para cidades históricas, contra a vinda de médicos para atender a população, é correto ou não.”