Jornal Estado de Minas

Marina tenta última cartada no TSE para registrar Rede

Marina Silva protocolou o pedido de criação da Rede Sustentabilidade no TSE mesmo sem ter o número de assinaturas reconhecidas por cartórios eleitorais

Diego Abreu Daniela Garcia
Os esforços da ex-senadora Marina Silva para criar um partido no qual possa disputar as eleições presidenciais de 2014 estão direcionados agora para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa segunda-feira, a pré-candidata protocolou o pedido de criação da Rede Sustentabilidade no TSE mesmo sem dispor do número total de assinaturas reconhecidas por cartórios eleitorais. Caberá à Corte avaliar o pedido para que a legenda seja criada até 5 de outubro.
Ao requisitar o registro da sigla, integrantes da Rede entregaram cinco sacolas com 304.099 assinaturas certificadas mais a comprovação da entrega de 220 mil apoios aos cartórios. De acordo com a lei, são necessárias  492 mil assinaturas reconhecidas para que a Justiça Eleitoral conceda o registro da sigla. Defensor da criação da Rede e advogado, o ex-ministro do TSE Torquato Jardim afirmou que existe um precedente no tribunal que deve ser considerado pelos ministros – em 2011, o PSD, encabeçado pelo ex-prefeito paulista Gilberto Kassab, também protocolou o registro sem contar com os nove diretórios eleitorais exigidos pela legislação.

O documento entregue pela ex-senadora considerou a validação das assinaturas restantes como um “obstáculo intransponível”, devido à demora da certificação dos nomes. Os cartórios, segundo ela, não estão respeitando o prazo previsto de 15 dias para checagem das rubricas. “Compreendemos o problema da falta de estrutura (da Justiça Eleitoral), mas não concordamos que tenhamos que pagar o preço de não ter o registro da Rede após o trabalho que fizemos no país inteiro”, afirmou Marina Silva.