O governador Antonio Anastasia (PSDB) se reuniu nessa segunda-feira com o deputado federal e ex-ministro de Direitos Humanos Nilmário Miranda (PT) para discutir a instalação da Comissão da Verdade de Minas Gerais. O parlamentar, que também é membro da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, pediu que a comissão fique atenta a episódios da repressão política que até hoje não foram sistematizados e afirmou que o ideal seria que um relatório fosse produzido e entregue até o fim de 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade deve concluir seus trabalhos. Nilmário disse que o governador está em sintonia com suas ideias ao receber com grande acolhida a proposta de transformar o antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), na Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, em um memorial.
O petista lembrou que há histórias de guerrilhas que se perderam no tempo em Patos de Minas, Uberaba, Uberlândia, Araxá, Juiz de Fora, Divinópolis, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Cataguases e em muitos outros lugares. “Há mais de mil requerimentos feitos à comissão da indenização estadual, que há mais de uma década vem coletando depoimentos”, afirmou o deputado.
Nacional
O novo coordenador da Comissão Nacional da Verdade, o advogado José Carlos Dias, vai pedir mais celeridade à presidente Dilma Rousseff (PT) para nomear dois novos integrantes do colegiado. Os cargos de Gilson Dipp e Cláudio Fonteles estão vagos há quase três meses. Em reunião em Brasília ontem pela manhã, José Carlos recebeu o apoio dos outros quatro membros da comissão para ocupar o cargo de coordenador, cumprindo o sistema rotativo que elege um novo responsável pela função de três em três meses.
Militares
O governador Antonio Anastasia recebeu nessa segunda-feira também o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro general Raymundo Nonato Cerqueira Filho, acompanhado dos presidentes dos tribunais de Justiça Militar de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. São os três últimos estados a ter tribunais militares. Os magistrados foram discutir com o governador a importância da Justiça Militar no país. Eles estão se articulando contra as propostas de extinguir esse tipo de Justiça especializada.