Na véspera de nova visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Minas Gerais, o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, voltou ontem a criticar o governo federal petista afirmando, em tom de candidato ao Palácio do Planalto, durante a posse de Pimenta da Veiga na presidência do Instituto Teotônio Vilela de Minas, que está encerrado o ciclo do PT no poder. Referindo-se à “federação abandonada” e às demandas estruturais de estados que não estariam sendo contempladas, Aécio também considerou “pífio” o desempenho da economia, chamou a atenção para a “disparada do dólar”, a “renda em queda”, os baixos investimentos na área da saúde e em segurança pública.
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Perguntado sobre as prévias no PSDB que voltaram a ser defendidas pelo ex-governador José Serra, Aécio disse defendê-las, mas não ser o responsável por realizá-las. A responsabilidade seria da Executiva. “O estatuto prevê isso. Não mudei de opinião. Sempre defendi. Basta que haja uma solicitação à Executiva, que vai definir como isso pode acontecer, quais os instrumentos que ela tem para que isso possa ocorrer”, considerou. O senador disse desconhecer qualquer proposta de Serra de que ele deveria deixar a presidência da legenda, para concorrer nas prévias em igualdade de condições.
Segundo Aécio, neste momento, como presidente, ele organiza a legenda no país. “Vamos fazer agenda enorme nas cinco regiões do Brasil, começando dia 13 em Curitiba, reunindo prefeitos, governadores e parlamentares da região Sul”, anunciou. O mesmo será feito nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. “Estou cumprindo o meu papel que me foi delegado pela praticamente unanimidade do partido, de conduzir o PSDB para o futuro. O futuro somos nós e o passado são os que estão no governo”, disse.