Brasília - Para tentar viabilizar a votação da Medida Provisória (MP) 613, que desonera a cadeia produtiva do álcool e libera recursos aos municípios para melhoria dos serviços públicos, os líderes da base aliada na Câmara decidiram nesta terça-feira retirar do texto a emenda que trata da regulamentação dos chamados portos secos. A MP perderá a validade se não for aprovada por deputado e senadores até o próximo dia 4.
“Resolvemos limpar [o texto da MP] e votar com os municípios”, acrescentou o petista. Os chamados portos secos funcionam como armazéns de produtos e mercadorias importadas ou destinadas à exportação. De acordo com relator da MP 613, senador Walter Pinheiro (PT-BA), a regulamentação dos portos secos garantiria mais transparência e competitividade ao setor.
Segundo ele, a lei atual restringe mudanças nessas instalações – a ampliação dos locais, por exemplo, é limitada a 25% durante o período da concessão. O texto aprovado pela comissão especial que analisou a MP previa que as modificações nos portos secos poderiam ser feitas a partir de licitações e seriam condicionadas a consultas públicas.