O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou nessa terça-feira o encerramento da licitação para a duplicação de mais um trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares, a chamada Rodovia da Morte. Com a decisão, 61,8 dos 303 quilômetros do percurso aguardam apenas a emissão da ordem de serviço para terem a obra iniciada. O trecho que teve a disputa encerrada nessa terça-feira engloba o Lote 4, que prevê a construção de túneis próximos a Rio Piracicaba. O consórcio vencedor da licitação é formado pelas empresas J.Dantas e Sotepa, que pediu R$ 56,9 milhões para realizar a obra.
Na primeira sessão da concorrência para os 11 lotes em que o percurso foi dividido, as duas empresas registraram proposta de R$ 73,8 milhões. Conforme previsto no sistema que rege a disputa, o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), como o valor ficou acima do que o governo fixou como teto, a empresa foi chamada para negociar e acabou reduzindo o preço.
Os outros trechos que já tiveram a licitação concluída são: entre o entroncamento da MG-320, no acesso a Jaguaraçu, até o Ribeirão Prainha (28,6 quilômetros); os túneis que serão construídos próximos à cidade de Antônio Dias (1,2 quilômetro); e o percurso do Rio Una até o entroncamento da MG-435, entrada para Caeté (37,5 quilômetros). Os consórcios vencedores foram, respectivamente, os formados pelas empresas Isolux/Corsan/Engevix, com R$ 298,3 milhões, Toniolo, Busnello/GP Consultoria, com R$ 76,6 milhões, e Brasil/Mota/Engesur, com R$ 530 milhões.
Por outro lado, o Dnit terá que repetir a licitação para outros quatro lotes da obra. Os valores pedidos pelas empresas ficaram acima do teto estabelecido pela União e, ao contrário do que ocorreu com o Lote 4, não houve negociação para propostas mais baratas. Os quatro lotes somam 70,9 quilômetros. Dois ficam entre Belo Horizonte e o entroncamento da 381 com a MG-435, do quilômetro 427 ao 445 e do 445 até o 458,4. Os outros dois são os que ficam entre o Ribeirão Prainha e o acesso sul de Nova Era (18,8 quilômetros), e desse ponto até João Monlevade (20,7 quilômetros).
Três lotes tiveram recursos de empresas que apresentaram preços mais elevados. Os questionamentos são por supostos equívocos em notas apresentadas pelo Dnit ao analisar as condições técnicas de empresas que ficaram em primeiro lugar nas disputas.
Tragédia em números
Nos últimos seis anos, entre 2007 e março deste ano, foram registrados 9.582 acidentes na Rodovia da Morte. Segundo balanços da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 476 pessoas morreram nas curvas do trecho mais perigoso do país, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. No entanto, o total de óbitos é ainda maior, uma vez que o levantamento exclui o número de feridos que perderam a vida em ambulâncias ou em leitos de hospitais depois de acidentes na rodovia. A maior tragédia registrada no trecho aconteceu em fevereiro de 1996, quando um ônibus caiu da ponte sobre o Rio Engenho Velho: 31 pessoas morreram no momento do acidente e 16 ficaram gravemente feridas.
Na primeira sessão da concorrência para os 11 lotes em que o percurso foi dividido, as duas empresas registraram proposta de R$ 73,8 milhões. Conforme previsto no sistema que rege a disputa, o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), como o valor ficou acima do que o governo fixou como teto, a empresa foi chamada para negociar e acabou reduzindo o preço.
Os outros trechos que já tiveram a licitação concluída são: entre o entroncamento da MG-320, no acesso a Jaguaraçu, até o Ribeirão Prainha (28,6 quilômetros); os túneis que serão construídos próximos à cidade de Antônio Dias (1,2 quilômetro); e o percurso do Rio Una até o entroncamento da MG-435, entrada para Caeté (37,5 quilômetros). Os consórcios vencedores foram, respectivamente, os formados pelas empresas Isolux/Corsan/Engevix, com R$ 298,3 milhões, Toniolo, Busnello/GP Consultoria, com R$ 76,6 milhões, e Brasil/Mota/Engesur, com R$ 530 milhões.
Por outro lado, o Dnit terá que repetir a licitação para outros quatro lotes da obra. Os valores pedidos pelas empresas ficaram acima do teto estabelecido pela União e, ao contrário do que ocorreu com o Lote 4, não houve negociação para propostas mais baratas. Os quatro lotes somam 70,9 quilômetros. Dois ficam entre Belo Horizonte e o entroncamento da 381 com a MG-435, do quilômetro 427 ao 445 e do 445 até o 458,4. Os outros dois são os que ficam entre o Ribeirão Prainha e o acesso sul de Nova Era (18,8 quilômetros), e desse ponto até João Monlevade (20,7 quilômetros).
Três lotes tiveram recursos de empresas que apresentaram preços mais elevados. Os questionamentos são por supostos equívocos em notas apresentadas pelo Dnit ao analisar as condições técnicas de empresas que ficaram em primeiro lugar nas disputas.
Tragédia em números
Nos últimos seis anos, entre 2007 e março deste ano, foram registrados 9.582 acidentes na Rodovia da Morte. Segundo balanços da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 476 pessoas morreram nas curvas do trecho mais perigoso do país, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. No entanto, o total de óbitos é ainda maior, uma vez que o levantamento exclui o número de feridos que perderam a vida em ambulâncias ou em leitos de hospitais depois de acidentes na rodovia. A maior tragédia registrada no trecho aconteceu em fevereiro de 1996, quando um ônibus caiu da ponte sobre o Rio Engenho Velho: 31 pessoas morreram no momento do acidente e 16 ficaram gravemente feridas.