Brasília – Ao tomar posse nesta quarta-feira, o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse ser um desafio suceder o ex-chanceler Antonio Patriota na função. Ele disse ainda que sua meta é intensificar a atuação do ministério no esforço para a inclusão social e a proteção do meio ambiente. Em discurso breve, Figueiredo agradeceu a confiança e se disse honrado em ser o novo chanceler brasileiro ao lado da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo o chanceler, os princípios que guiam seu trabalho são os defendidos pelo governo: o crescimento econômico com inclusão social e a proteção ambiental. Nos meses em que esteve como representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), ele disse ter percebido o respeito ao Brasil.
“Na ONU, pude perceber o respeito e a consideração com que as posições do Brasil são recebidas no cenário internacional”, ressaltou o novo chanceler, na presença de várias autoridades, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), embaixadores brasileiros e estrangeiros, além de ministros.
Antes, Figueiredo Machado se reuniu por cerca de uma hora com a presidenta, no Palácio da Alvorada. Diplomata de carreira, ele foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado no Rio de Janeiro. Na ocasião, destacou-se pela habilidade e conquistou a confiança de Dilma pela disposição em negociar pacientemente com os que resistiam a acordos.
Especialista em temas ambientais e sustentáveis, o ministro tem currículo baseado em negociações referentes às mudanças climáticas, ao uso sustentável de recursos, à cooperação pacífica e a todos os assuntos relativos à qualidade de vida e aos meios.
De personalidade introspectiva, Figueiredo Machado é contido nas palavras e apontado como um estrategista. Acostumado a longas negociações, o novo chanceler não costuma demonstrar cansaço, nem impaciência. Ele e Dilma se conheceram na Conferência das Partes (COP), na Dinamarca, quando a presidenta ainda estava na Casa Civil.