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Servidores têm 45 dias para responder perguntas do censo do JudiciárioParentes de servidores do Senado migram de empresas para evitar demissões Servidores públicos e consumidores estão entre maiores demandas do STFEsse descompasso preocupa os especialistas, especialmente porque os gastos com custeio, ou seja, os não produtivos, aumentaram em um ritmo muito maior, nos sete primeiros meses deste ano: 15%. No entender de Fernando Zilveti, professor de Finanças e Tributação da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), tamanha gastança é lamentável, sobretudo porque os investimentos em infraestrutura estão estagnados. “O pior, no entanto, é ver o governo recorrer a artifícios contábeis para cumprir a meta de superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública)”, disse.
Para Zilveti, é inadmissível que “as autoridades elevam as projeções do PIB para gerar receitas fictícias e, assim, conseguir fechar as contas”. O melhor, destacou ele, seria buscar o equilíbrio fiscal por meio do corte de gastos com a máquina.
Expectativa
Os concurseiros, porém, estão satisfeitos com a disposição do governo de preencher tantas vagas. Mas é bom não criar tantas expectativas. No ano passado, o Ministério do Planejamento também anunciou a intenção para nomear servidores para 60.886 postos. Mas, até agora, autorizou concursos para pouco mais de 15 mil cargos. Há pouco mais de um mês, quando divulgou um corte de R$ 10 bilhões no Orçamento, Miriam Belchior informou que seria mais seletiva nas autorizações para a realização de certames e para a nomeações de aprovados.
Ontem, a ministra destacou que o governo continuará cauteloso e só dará prosseguimento às nomeações em áreas estratégicas, como as universidades e institutos federais de ensino técnico, as de combate a desastres naturais e as de infraestrutura. Na avaliação do economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do Banco Central, o governo está correto ao segurar as despesas com pessoal, que não são prioridade. O ideal é que a burocracia seja reduzida e os investimentos em infraestrutura, alavancados. É dessa forma que se estimulará o crescimento sustentado do país, com a inflação sob controle e sem a necessidade de a autoridade monetária pesar a mão nos juros.
“A boa notícia nos caso dos servidores, foi que o governo limitou os reajustes, ao fechar um plano de aumento dos salários por três anos (entre 2013 e 2015), abaixo da inflação”, destacou Thadeu. Ele reconhece que a pressão do funcionalismo é grande, mas não há mais espaço no Orçamento para correções dos rendimentos que elevem os gastos com a folha muito além dos atuais 4% do PIB.
Prorrogação na PRF
O prazo de validade do concurso para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi prorrogado por mais um ano a partir de 4 de setembro de 2013. Segundo a Diretora Geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), Maria Alice Nascimento Souza, o certame, que abriu 750 oportunidades para o cargo de policial rodoviário, servirá para preencher vagas remanescentes, não preenchidas mesmo com o último curso de formação. A seleção ficou suspensa por dois anos devido a suspeitas de irregularidades nas provas e a impasses judiciais.