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Estados devem focar nas 'portas de saída' de programas sociaisGovernos estaduais investem pouco no Bolsa FamíliaEntidades de representação dos trabalhadores reivindicam a extensão do benefício a mais de uma pessoa da família. Mas o governo não pretende fazer mudanças. “O objetivo é atingir o maior número de famílias”, explica o secretário de Planejamento e Gestão, Frederico Amâncio, que coordena o programa.
No sertão pernambucano, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Petrolina, Francisco Pascoal, também aponta falhas na inserção das pessoas no mercado de trabalho. Segundo suas informações, é pequeno o porcentual de canavieiros que fizeram cursos de qualificação e foram aproveitados pelas empresas do complexo portuário e industrial de Suape.
O secretário Amâncio assinala que nem sempre é possível dar ao trabalhador um nível de formação que lhe garanta maior estabilidade. Muitos não tiveram acesso ao ensino básico, explica.
Para o secretário, o Chapéu de Palha não deve ser visto como programa de transferência de renda, porque seus objetivos são mais amplos: “Ele cria perspectivas de vida”.
Rurais e estudantes. Alagoas e Sergipe também mantêm programas de transferência de renda na zona rural em determinadas épocas do ano. O Sergipe Mão Amiga atende trabalhadores das culturas da cana-de-açúcar e da laranja.
Um número maior de Estados - São Paulo, Amazonas, Amapá, Rio de Janeiro e Minas Gerais - tem ações específicas para jovens estudantes de famílias em situação de miséria, com o objetivo de evitar evasão escolar. O programa Ação Jovem, mantido pelo governador tucano Geraldo Alckmin, beneficiou 103 mil jovens em 2012, mobilizando R$ 95,7 milhões.