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Brasil cobra explicações formais dos EUA sobre espionagem de Dilma e autoridadesMinistro diz que espionagem de Dilma viola soberaniaCâmara quer ouvir Cardozo sobre novas denúncias de espionagem Deputado avalia que espionagem feita pelos EUA é 'gravíssima'Cardozo assinou parecer contra PEC da demarcaçãoMarco Civil da Internet poderia inibir espionagem, avalia ministérioGoverno vai acelerar criação de e-mail criptografado e gratuitoLíder do governo no Senado defende CPI da EspionagemDurante a coletiva, o ministro da Justiça foi perguntado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a reação da presidente Dilma Rousseff ao saber das denúncias. Ele respondeu que expressou, ao lado de Figueiredo, na entrevista concedida nesta segunda, a "posição da nossa presidente da República". "Queremos explicações sobre o fato e manifestamos o nosso inconformismo de que o Brasil, um país parceiro dos EUA, tenha tido a sua soberania violada", reiterou.
Cardozo relatou também que, em sua recente viagem aos EUA para tratar do tema espionagem, levou uma proposta ao governo norte-americano. "Entendemos que seria correto fazermos um acordo, um protocolo, que fixasse em termos muito claros do respeito à essa relação", afirmou o ministro. "Em primeiro lugar deixando claro que interceptação de dados só pode ser feita em território brasileiro com ordem judicial", concluiu.
Pela proposta, se os EUA quisessem acessar dados gerados no País para investigar "atos ilícitos", isso poderia ser feito por meio de um pedido judicial a tribunais brasileiros. A proposta valeria para o caso de o Brasil precisar de informações nos Estados Unidos. "Um protocolo que respeitasse o direito dos dois países e que garantisse que o ilícito pudesse ser investigado", afirmou.
O ministro da Justiça disse que essa proposta de protocolo foi rejeitada pelos Estados Unidos, que estavam dispostos a dialogar "sobre questões pontuais que pudessem melhorar o entendimento entre os dois países".