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Denúncias provocam baixas no Ministério da AgriculturaTribunal de Justiça do Pará mantém empresa ligada a Cachoeira em licitaçãoO Idecan é presidido por Marlene Maria Paiva, filiada ao PMDB mineiro. A entidade opera em parceria e funciona no mesmo endereço da Consulplan, que é subcontratada para organizar e desenvolver as seleções. O presidente da Consulplan, Elder Dala Paula Abreu, se filiou ao PMDB em 2011, a convite do ministro, que ofereceu uma festa de boas-vindas ao empresário, pré-candidato a deputado federal.
A sede das duas empresas, em Muriaé (MG), foi palco do Encontro do PMDB na Zona da Mata Mineira neste ano, prestigiado por Andrade, que posou para fotos e discursou ao lado do empresário. O empresário é o candidato do ministro na região da Zona da Mata Mineira a deputado federal em 2014.
O ministério havia justificado a contratação do instituto com o argumento de que o Idecan apresentou o menor preço médio das taxas de inscrição e a capacidade técnica da empresa, atestada com a apresentação de 21 certificados. O Grupo Estado pediu cópia do processo que resultou na escolha inicial da fundação, mas foi informado que com a revogação do contrato isso não seria possível.
Procurado nesta segunda para comentar o assunto, o ministro não foi localizado. Na última semana, ele disse que a contratação de um instituto comandado por peemedebistas era uma "coincidência". "Não tem relação nenhuma, não." A presidente do Idecan afirmou, na ocasião, que havia se esquecido que era filiada ao PMDB do ministro. Perguntada sobre o contrato, ela disse: "Só falo do que me interessa."
O PPS havia solicitado ao Tribunal de Contas da União (TCU) que fizesse uma auditoria no contrato com o Idecan. O partido informou, nesta segunda, que o pedido será mantido mesmo com a revogação e que aguarda aprovação da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.