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O conteúdo dos documentos contraria explicações dadas anteriormente pelo governo americano, segundo as quais o monitoramento de informações se limitava a dados sobre origem, destino e volume de comunicações e não eram usados com finalidades políticas ou econômicas. "Quando a violação se dá não para investigar (fatos) ilícitos, mas em uma dimensão política e empresarial, sem sombra de dúvidas, a situação piora. E isso foi expressado ao governo norte-americano", garantiu Cardozo.
AMIGO OU INIMIGO? Em um dos documentos revelados, o Brasil é citado – com Egito, Irã, Turquia, Índia e México – em um grupo de países cuja relação com os EUA é classificada como "incerta", podendo variar entre "amigo", "inimigo" ou "problema". "O Brasil é um país democrático, em região também democrática e estável, buscando convivência com parceiros que seja respeitosa", respondeu, indiretamente, o ministro Figueiredo. "Portanto, não pode permitir que seja considerado, nem em sonho, um país de risco ou problemático".