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O líder governista apresentou requerimento pedindo que o Congresso manifeste repúdio às "investidas" americanas. "Fica claro que a questão não se resume a uma pretensa defesa da segurança interna dos EUA. Há, sim, uma clara intenção de monitorar nosso comércio, com evidentes fins de concorrência predatória". A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que a espionagem é um dos maiores desafios do novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Figueiredo. "Espionar chefes de Estado estrangeiros é procedimento inadequado e inaceitável, sobretudo quando se usa a defesa da segurança nacional como justificativa para a arapongagem transnacional", disparou.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse que vai convidar o ministro da Justiça para falar sobre o assunto. Ferraço classificou a suposta espionagem como "um desrespeito a princípios e valores dos mais caros à civilização", mas disse que as novas revelações não o surpreenderam. "Os indicativos que tínhamos mostravam que o nível de espionagem praticado pelos americanos não tem limites", afirmou. "Quando o próprio telefone da presidente da República é interceptado, é difícil imaginar o que pode estar acontecendo. Mais que nunca, essas denúncias confirmam a necessidade de investigação a essa absoluta quebra da soberania nacional. A CPI nos dará instrumentos para aprofundar as investigações", disse Ferraço.
AFRONTA
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, afirmou que a denúncia de monitoramento dos sistemas de comunicação da Presidência da República é uma afronta à soberania do Brasil. "Além de significar uma quebra da confiança que deve haver entre duas nações que possuem relacionamento civilizado. Tal constatação reforça o poder-dever do Estado brasileiro de representar à ONU contra os Estados Unidos", afirmou. (Com agências)