Entre os estados considerados chave para consolidar o projeto do governador Eduardo Campos (PSB) de disputar a Presidência da República, o Rio de Janeiro impõe aos socialistas uma situação bastante delicada. A lista de problemas incluiu dificuldades para escalar um candidato ao governo fluminense e desentendimentos com a direção local do partido. Para tentar conter o incêndio, o governador recebe hoje, no Recife, o presidente estadual do PSB no Rio e prefeito de Duque de Caxias, terceira cidade mais populosa do Rio, Alexandre Cardoso (PSB).
Há cerca de 20 dias, o prefeito se posicionou contra a candidatura de Campos e a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Também declarou que a melhor opção para o Rio de Janeiro seria o vice-governador do Rio, Pezão (PMDB), que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB). Ao defender o peemedebista, Cardoso discordou da ideia do PSB de lançar o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB) à disputa pelo Palácio Guanabara.
Uma outra opção seria uma aliança com o PDT, apoiando uma eventual candidatura do ex-ministro Miro Teixeira. Um “abacaxi”, portanto, que, na avaliação de aliados, precisa ser “descascado” com cuidado. O acirramento do conflito, ponderam, poderia desgastar a imagem do governador em um estado onde ele é pouco conhecido e concentra o terceiro maior colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
Antes de chegar ao Recife, Alexandre Cardoso participou de uma reunião com a comissão delegada por Eduardo para acompanhar o processo de filiação nos estados. “Ele concordou que o mais importante agora é fortalecer as chapas de deputados estadual e federal, deixando a questão estadual para um outro momento”, afirmou o secretário-geral do PSB nacional, Carlos Siqueira.
Além do Rio de Janeiro, outros estados estão causando dor de cabeça ao PSB. No Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) ameaça migrar para o PSD se não tiver apoio para o senador Eunício Oliveira (PMDB) disputar o governo do estado. Em Sergipe, os socialistas, a contragosto de Eduardo, defendem o vice-governador Jacson Barreto (PMDB), enquanto no Acre, o presidente estadual Gabriel Maia, corre o risco de ser substituído.
As dificuldades de Eduardo Campos no Rio de Janeiro
Candidato ao governo fluminense
O PSB tentou atrair o senador Lindenberg Farias (PT/RJ), mas não obteve sucesso. Cogita o ex-ministro José Gomes Temporão (PSB)
Eduardo Campos presidenciável
Enfrenta a resistência do presidente da executiva estadual, Alexandre Cardoso, que defende a reeleição da presidente Dilma e de Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB) para o governo do Rio
Royalties
Eduardo passou a ser visto como “inimigo” no Rio por liderar a reivindicação dos estados não produtores pela divisão igualitária dos royalties do pré-sal
Base parlamentar
Com a saída do ex-jogador Romário, o PSB ficou com apenas um deputado federal na bancada carioca
Há cerca de 20 dias, o prefeito se posicionou contra a candidatura de Campos e a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Também declarou que a melhor opção para o Rio de Janeiro seria o vice-governador do Rio, Pezão (PMDB), que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB). Ao defender o peemedebista, Cardoso discordou da ideia do PSB de lançar o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão (PSB) à disputa pelo Palácio Guanabara.
Uma outra opção seria uma aliança com o PDT, apoiando uma eventual candidatura do ex-ministro Miro Teixeira. Um “abacaxi”, portanto, que, na avaliação de aliados, precisa ser “descascado” com cuidado. O acirramento do conflito, ponderam, poderia desgastar a imagem do governador em um estado onde ele é pouco conhecido e concentra o terceiro maior colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
Antes de chegar ao Recife, Alexandre Cardoso participou de uma reunião com a comissão delegada por Eduardo para acompanhar o processo de filiação nos estados. “Ele concordou que o mais importante agora é fortalecer as chapas de deputados estadual e federal, deixando a questão estadual para um outro momento”, afirmou o secretário-geral do PSB nacional, Carlos Siqueira.
Além do Rio de Janeiro, outros estados estão causando dor de cabeça ao PSB. No Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) ameaça migrar para o PSD se não tiver apoio para o senador Eunício Oliveira (PMDB) disputar o governo do estado. Em Sergipe, os socialistas, a contragosto de Eduardo, defendem o vice-governador Jacson Barreto (PMDB), enquanto no Acre, o presidente estadual Gabriel Maia, corre o risco de ser substituído.
As dificuldades de Eduardo Campos no Rio de Janeiro
Candidato ao governo fluminense
O PSB tentou atrair o senador Lindenberg Farias (PT/RJ), mas não obteve sucesso. Cogita o ex-ministro José Gomes Temporão (PSB)
Eduardo Campos presidenciável
Enfrenta a resistência do presidente da executiva estadual, Alexandre Cardoso, que defende a reeleição da presidente Dilma e de Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB) para o governo do Rio
Royalties
Eduardo passou a ser visto como “inimigo” no Rio por liderar a reivindicação dos estados não produtores pela divisão igualitária dos royalties do pré-sal
Base parlamentar
Com a saída do ex-jogador Romário, o PSB ficou com apenas um deputado federal na bancada carioca