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Governos estaduais investem pouco no Bolsa FamíliaPara Dilma, Bolsa Família muda vida das pessoasBolsa Família fará recadastramento de 1,6 milhões de beneficiáriosMinistra abre debate sobre dez anos do Bolsa FamíliaPara Dilma,sucesso do Bolsa Família frustrou pessimistasDilma diz que Bolsa Família mudou a cara do BrasilDilma leva crise da espionagem aos BricsSegundo Dilma, a taxa de fecundidade caiu em todo o Brasil. "Recuou ainda mais entre a população de baixa renda, especialmente do Norte e Nordeste, onde há mais pessoas recebendo o benefício do Bolsa Família", argumentou a presidente. Ela citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando que a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,38 filhos por mulher, no Censo de 2000, para 1,86 filhos por mulher, no Censo de 2010. "Pelas estatísticas, o número médio de filhos tende a cair com o aumento de renda, educação e inclusão social, aspectos reforçados pelo programa", defendeu.
A presidente - que neste momento está em viagem rumo à Rússia, onde participará da VIII Cúpula do G-20 e de Encontro de Líderes do BRICS - defendeu na coluna publicada hoje que o Bolsa Família não apenas traz um alívio imediato à situação de pobreza, mas também tem tido sucesso em manter as crianças na escola. "O abandono escolar caiu muito e hoje é menor entre os alunos do Bolsa Família. Também está provado que o Bolsa Família teve impacto na redução da mortalidade infantil graças à exigência de manter a vacinação em dia e o cuidado da alimentação das crianças", destacou. Segundo a presidente, quase 20% da redução da mortalidade infantil se deve ao Bolsa Família.
O governo vai avançar nessas ações, disse Dilma. "O Pronatec Brasil Sem Miséria, por exemplo, tem 1 milhão de vagas de cursos de qualificação profissional, e já matriculou 640 mil alunos que recebem o Bolsa Família ou estão inscritos no Cadastro Único dos programas sociais. Isso mostra que os brasileiros carentes são lutadores e conscientes, e que precisam apenas de oportunidades para seguir seu próprio destino", defendeu.
Minha Casa Melhor
Dilma abordou também hoje na coluna semanal "Conversa com a Presidenta" o mais recente balanço da linha "Minha Casa Melhor", que oferece crédito com juros mais baixos que a média de mercado na compra móveis e eletrodomésticos novos para o público do programa habitacional "Minha Casa Minha Vida". Cada beneficiário tem acesso a até R$ 5 mil de financiamento para adquirir lavadora de roupa automática, fogão, geladeira, TV digital, computador, mesa com cadeira e sofá, guarda-roupa, cama de casal e de solteiro, com colchão ou não. Esse valor não precisa ser gasto de uma só vez, advertiu a presidente. Esse mesmo tema - o "Minha Casa Melhor" - foi abordado por Dilma ontem, no programa semanal de rádio "Café com a Presidenta".
"O Minha Casa Melhor foi criado em 12 de junho e, em menos de três meses, já concedeu crédito de R$ 1 bilhão, beneficiando 220 mil famílias que podem realizar o sonho de ter uma casa arrumada, após terem realizado o sonho maior de ter a casa própria", ressaltou a presidente. Ela explicou que o crédito é concedido por meio de um cartão, que pode ser usado em 13 mil lojas credenciadas em todo o Brasil. Cada produto tem um valor máximo. A lavadora de roupa, por exemplo, não pode passar de R$ 850. Os beneficiários têm um ano após o recebimento do cartão para fazer as compras.
"Os juros são baixinhos, de 5% ao ano", destacou Dilma. Além disso, os clientes do "Minha Casa Melhor" têm direito a um desconto de pelo menos 5% sobre o preço anunciado, e esse desconto tem que aparecer na nota fiscal, disse a presidente.
Dilma repetiu que o "Minha Casa Minha Vida é o maior programa habitacional que esse País já teve, com 1,3 milhão de moradias já entregues em todo o Brasil". Lembrou que há mais 1,560 milhão de casas em construção e, até o final do ano de 2014, serão contratadas mais 890 mil moradias.