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Líder do PT na Câmara defende votação da PEC do Voto Aberto"É preciso cortar na própria carne", diz relator da Comissão do Voto AbertoAcordo pode derrubar voto secreto na Câmara e no Senado em 11 de setembroCâmara dos Deputados aprova fim do voto secreto Presidente da Câmara pede desculpas à sociedadeCâmara deve transferir para o Senado a decisão sobre fim voto secretoOutra PEC, a 196/2012, já aprovada pelo Senado, que acaba com o voto secreto apenas nos casos de cassação de mandato, poderia ser uma alternativa para facilitar o consenso. Mas a comissão especial criada para analisar o mérito da proposta, segundo Henrique Alves, não tem conseguido quórum para debater a matéria.
“Criei essa comissão especial há mais de um mês, mas não consegui preencher com os deputados. Tanto que tive de fazer o preenchimento à revelia de alguns partidos Só que ela não está conseguindo ter quórum para deliberar e passar as dez sessões obrigatórias para ir a plenário”, frisou o presidente da Câmara.
Diante do impasse, ressaltou Alves, a alternativa para dar uma resposta à opinião pública é a votação da PEC que acaba com o voto secreto para todas as deliberações. “Hoje, vou colocar na pauta para votação, em sessão extraordinária, a que abre o voto para tudo. Aqueles partidos que querem questionar um ou outro tipo de voto podem apresentar destaques supressivos”.
Apesar da liminar concedida nessa segunda-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Roberto Barroso, suspendendo os efeitos da sessão da semana passada que manteve o mandato de Donadon, Henrique Alves disse que a Câmara agiu conforme a Constituição. Ele disse que ligou hoje para Barroso pedindo pressa no julgamento do mérito da liminar pelo plenário da Corte.
“A Câmara fez o que tinha que fazer. Agora, é aguardar a decisão do Supremo em relação ao texto constitucional. O Supremo, até 15 dias atrás, tinha uma interpretação de que a cassação se exauria com a decisão do Supremo. Com a chegada de dois ministros, mudou-se o posicionamento. É preciso, com tranquilidade e consciência, esperarmos a decisão do pleno do Supremo para que, de uma vez por todas, se defina, de forma clara, essa interpretação do texto constitucional.”