Brasília – O vice-ministro do Interior da Bolívia, Jorge Pérez, reiterou que a comissão de alto nível, que desembarcará em Brasília até a próxima sexta-feira (6), vai apresentar uma série de documentos comprovando as denúncias contra o senador de oposição Roger Pinto Molina. O parlamentar, que ficou abrigado por 455 dias na embaixada brasileira em La Paz, está no Brasil há 11 dias e ao deixar seu país deflagrou uma crise diplomática entre bolivianos e brasileiros.
A missão de alto nível que desembarcará em Brasília é formada pelo pelos ministros Carlos Romero (Casa Civil), Nardi Suxo (Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção), Cecilia Ayllón (Justiça) e integrantes do Ministério Público. Pinto Molina passou os últimos dias em uma fazenda em Goiás, nos arredores de Brasília. Nessa terça-feira, ele adiou sua ida ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre o episódio.
Pinto Molina foi retirado da Bolívia em uma operação organizada pelo encarregado de Negócio do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, que desencadeou uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.