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Assembleias têm pressa para acabar com o voto secretoVoto dos parlamentares é aberto na maioria das democracias ocidentaisCâmara aprova proposta que acaba com voto secretoDilma convoca reunião para tentar manter vetosPeemedebistas lutam por uma agenda positiva no Congresso Senado arma manobra para driblar resistência à extinção do voto secreto no LegislativoTemer discute voto aberto com presidentes do CongressoApesar das ressalvas, há senadores que não concordam com a manutenção de voto secreto, nem mesmo nos casos alegados. "Há quanto tempo um veto presidencial não é derrubado, mesmo sem saber como os parlamentares votaram?", questionou o senador Paulo Paim (PT-RS). Para o representante do PSOL na Casa, Randolfe Rodrigues (AP), a alegação de medo de represálias e pressões com o voto aberto em vetos e indicações de autoridades conflita com o exercício do mandato parlamentar. "A nós não foi delegado o direito ao medo, de nos esconder na apreciação de vetos, de temer as autoridades. Não há justificativa para voto secreto", destacou o socialista.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também defende que, em votações de vetos, o parlamentar seja protegido. Contudo, afirmou apoiar a proposta da Câmara, mesmo que não sofra ajustes no Senado. "Se as opções forem ficar como está ou o fim do voto secreto para tudo, prefiro a segunda. Vamos aprovar o fim do voto secreto para tudo", ressaltou o tucano.
Embora digam que vão insistir na aprovação da proposta como ela saiu da Câmara, o raciocínio dos senadores, que integram a ala denominada independente, não deve predominar. Quando for levada a plenário, a PEC vai receber emendas, destacando a manutenção do voto secreto em vetos e indicações, e retornar para apreciação dos deputados. "A gente vota aqui e manda de volta. Eles têm que respeitar a posição do Senado também, não vamos ficar no rolo compressor da Câmara", destacou Jucá.