O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta-feira a sétima sessão exclusiva para julgamento dos embargos de declaração, recursos usados para corrigir omissões ou contradições no acórdão (o texto final), dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Os ministros precisam julgar ainda seis recursos.
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STF retoma julgamento dos recursos do mensalãoRéus do mensalão não votam na sessão do voto secretoMinistro do STF critica reforma de penitenciária para condenados do mensalãoSTF reafirma que condenados no julgamento do mensalão vão perder o mandatoAdiado pela segunda vez julgamento de recurso de ex-assessor do PPProcuradora voltará a pedir prisão imediata de condenados no mensalãoSTF reduz pena de ex-sócio da corretora Bônus BanvalNo recurso de Cunha, o plenário do STF também deve analisar a questão da perda de mandato. No julgamento do ano passado, por 5 votos a 4, os ministros decidiram que a perda do mandato dos quatro parlamentares condenados na ação penal deveria ser automática, caberia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassar o mandato imediatamente. Quatro réus têm mandato parlamentar: José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP).
No entanto, no dia 8 de agosto, o STF mudou o entendimento sobre a questão no julgamento que condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) a quatro anos e oito meses de prisão por fraude em licitação. Por 6 votos a 4, o plenário definiu que a decisão final sobre a perda de mandato cabe ao Congresso Nacional. A mudança ocorreu porque a Corte passou a contar com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.