Jornal Estado de Minas

Ex-prefeito de Santo Antônio do Monte faz defesa de sua gestão

Estrutura de UPA construída na cidade é questionada pela atual administração

Simone Lima
Projeto de engenharia não contemplou nem o acesso das ambulâncias - Foto: Nando Oliveira/Esp. EM/D.A Press
O ex-prefeito de Santo Antônio do Monte Leonardo Lacerda Camilo (PR) defendeu nessa quarta-feira sua gestão no episódio da construção da unidade de pronto-atendimento (UPA) do Bairro Cidade Jardim, no município do Centro-Oeste mineiro, cuja estrutura será alvo de fiscalização e é questionada por integrantes da atual administração. Ele nega que o projeto tenha sido reprovado pela Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Saúde de Divinópolis, dizendo que o que ocorreu foi a listagem de pendências que podem ser solucionadas. Alvo de polêmica, a UPA, que ainda não foi concluída, deve ter sua real situação conhecida amanhã, quando será apresentado relatório na Câmara Municipal, com pareceres técnicos sobre a obra.


Os problemas com a UPA foram retratados pelo Estado de Minas na segunda-feira. A unidade foi erguida entre dois bufês – onde ocorrem festas com música alta e muita movimentação nos fins de semana –, em um terreno argiloso, próximo a uma nascente. O Ministério da Saúde, que em 2010 esteve na cidade para fiscalizar a aplicação dos recursos federais, deve mandar representantes novamente a Santo Antônio do Monte. Mais de 15 irregularidades são apontadas na obra.
O ex-prefeito Leonardo Lacerda afirma que o relatório indicando problemas foi feito este ano e que as pendências podem e devem ser solucionadas pelo município e pela construtora. “A área escolhida para construção foi a mais adequada, mais central e de fácil acesso para população”, argumenta Lacerda, que ficou na prefeitura por oito anos.

Ele se disse surpreso com a declaração dos responsáveis pela saúde na cidade, que afirmaram ter encontrado a área em um “verdadeiro caos”. “Construímos dois postos de saúde e equipamos a prefeitura com frota nova. Quando entrei, a cidade tinha apenas uma ambulância e deixei a prefeitura com cinco na garagem.”