Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, é o preferido de Freire, mas ele ainda assume sua provável candidatura ao Planalto em 2014. O senador tucano Aécio Neves (MG) é o provável nome do PSDB para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff no ano que vem, embora ainda seja fustigado por Serra, que ameaça forçar a realização de prévias para a escolha do candidato. Marina Silva depende do registro no Tribunal Superior Eleitoral da Rede Sustentabilidade, sigla que está montando.
As conversas entre Roberto Freire e José Serra começaram no início do ano. Para receber o ex-governador, o PPS negociou a fusão com o PMN, dando origem à Mobilização Democrática (MD). Mas, apesar de os dois partidos terem feito convenções e decidido por se fundir, a união não prosperou. Durante esse período, Freire e Serra mantiveram conversações. A esperança era de que o ex-governador se transferisse para o PPS no final de agosto, levando consigo alguns políticos importantes do PSDB. Mas Serra preferiu abrir uma frente de luta contra Aécio Neves, permanecendo no PSDB.
Solidariedade
Freire disse que mantém o respeito e a admiração por José Serra. Ontem, ao vê-lo ser criticado por colegas de partido por ter se solidarizado com Dilma Rousseff no caso da suspeita de espionagem feita pelos Estados Unidos nos computadores da presidente, Freire se declarou solidário ao ex-governador. “São por essas e outras que @joseserra é merecedor do respeito do PPS e creio de todos os democratas brasileiros”, escreveu Freire em sua página no Twitter.
A solidariedade de José Serra à presidente Dilma Rousseff foi postada no Facebook: “Presto aqui minha solidariedade à presidente Dilma pela espionagem de que foi alvo”, escreveu, destacando ser “inaceitável” que os Estados Unidos, “de maneira ilegal e ilegítima, espionem ligações telefônicas, mensagens de celular e de correio eletrônico de um chefe de Estado democraticamente eleito”.