O instituto da reeleição para cargos majoritários (presidente, governadores e prefeitos) poderá se extinto a partir de 2018. Também a partir deste ano, passaria a valer a “coincidência dos mandatos”, ou seja, em vez de eleições a cada dois anos, conforme vigora hoje, os brasileiros iriam às urnas uma única vez a cada quatro anos. As duas propostas foram aprovadas nesta quinta-feira pelo grupo de trabalho formado por 16 deputados, responsáveis por apresentar uma proposta de reforma política para aprovação em plenário do Congresso Nacional (Câmara e Senado). O coordenador desse grupo, deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP), prometeu entregar os projetos para apreciação do Congresso no dia 1º de outubro.
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Senado aprova base da reforma eleitoral, mas precisa fazer nova votaçãoReforma política recebe pressão da CNBB e outras 12 entidadesBase obtém assinaturas para plebiscito da reformaHenrique Alves promete discutir reeleição e voto obrigatório em pronunciamento na TVCâmara aguarda quórum para iniciar votação da MP que trata de subvenção ao etanolAs duas propostas aprovadas nesta quinta-feira são as primeiras aprovadas por esse grupo. Estão na lista, entre outros ítens, o financiamento de campanha ( público ou privado, ou então misto), fim das coligações partidárias, duração dos mandatos (quatro ou cinco anos), voto facultativo e fidelidade partidária.
Se levado em conta apenas o número de votos pela aprovação das duas propostas de hoje, é provável que esses dois assuntos ( fim da reeleição e coincidências dos mandatos) encontre o mesmo acolhimento no plenário das duas casas legislativas. O fim do instituto da reeleição teve oito votos favoráveis, dois contra e uma abstenção. A coincidência dos mandatos passou com seis votos a favor, três contrários e duas abstenções.
Consulta popular
A ideia inicial dos congressistas é que a proposta, depois de aprovada pela Câmara e pelo Senado, seja submetida à consulta popular na forma de um referendo.
Pauta
Na próxima quinta-feira, está agendado mais uma reunião do Grupo de Trabalho da reforma Política, Na pauta para votação a duração dos mandatos ( quatro ou cinco anos); se as eleições presidencial vão coincidir no mesmo dia com as demais eleições (prefeitos, governadores, senadores, deputados e vereadores); fidelidade paridária; e fim das coligações partidárias.