A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assumiu a responsabilidade “direta e pessoal” pelas investigações dos episódios de espionagem do Palácio do Planalto. Ainda segundo Dilma, Obama se comprometeu a dar uma resposta sobre as denúncias até a quarta-feira da próxima semana. “Irei á ONU propor uma nova governança contra a invasão de privacidade”, afirmou. Dilma, que está na Rússia para participar de reunião do G20, concedeu entrevista coletiva na manhã de hoje. Sobre a possibilidade dos ataques norte-americanos à Síria, a presidente do Brasil afirmou que aguarda a posição das Nações Unidas. "O Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovaçao da ONU”, declarou.
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Durante a semana, ministros e parlamentares classificaram o episódio como de extrema gravidade. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que os fatos não condizem com a relação entre os dois países que são “estados parceiros”. “O que chama mais a atenção é que a violação de sigilo atingiu à chefe do nosso governo”, pontuou Cardozo. “Se violação do sigilo atingiu a presidente, o que não dizer de cidadãos brasileiros e de outras empresas?”, questionou.