Em mais uma tentativa de convencer o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), a se candidatar a governador de Minas Gerais nas eleições do ano que vem, as direções estadual e nacional do seu partido saíram do encontro frustradas. O socialista deixou claro que só vai se decidir em março do ano que vem, quando termina o prazo para a desincompatibilização para candidatos que vão disputar cargos do Executivo. Por enquanto, a intenção do prefeito é terminar o mandato no final de 2016 e depois dedicar-se à família.
A conversa durou pouco mais de duas horas. Ao final da reunião, o discurso foi de que o partido vai esperar até o ano que vem para definir o candidato a governador. Enquanto isso vão traçando um "plano B", que não foi revelado – até para esconder a estratégia que será adotada perante os adversários. Outros nomes cotados são o do presidente estadual da legenda e deputado federal, Júlio Delgado, e do presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil. Na quinta-feira, a legenda ofereceu a ele a possibilidade de integrar a chapa majoritária: governador, vice ou senador – na disputa pela vaga que será aberta com o fim do mandato de Clésio Andrade (PMDB).
De acordo com o deputado federal e presidente estadual do PSB, Júlio Delgado, independentemente de quem seja o candidato, o PSB vai atuar como protagonista em 2014 e disputará o Palácio da Liberdade, até para garantir um palanque em Minas para a candidatura ao Palácio do Planalto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que também é presidente nacional do PSB. Sobre a possibilidade de um palanque duplo em apoio à candidatura de Campos e do senador Aécio Neves, pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Delgado afirmou que a costura política dependerá do que será acertado em outros estados.
A defesa da candidatura própria tem ainda como justificativa a necessidade de fortalecer a chapa de candidatos a deputados federais. A princípio a intenção da legenda é lançar chapa sozinho, com a indicação de 81 nomes. Em todo o país, a meta do PSDB é eleger 50 parlamentares. Atualmente, a legenda tem 25 parlamentares.