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Gabinete de Segurança Institucional lançará algoritmo de proteção de dados federaisDilma condiciona visita a Obama à prestação de informações pelos EUA sobre espionagemDilma vê espionagem a democracias como terrorismoDilma quer saber tudo sobre espionagem dos EUA no BrasilAssociação de oficiais questiona ato de diretor da AbinBrasil exonerou agente suspeito de passar dados à CIAA Abin criou há alguns anos telefones - fixos e móveis - com transmissão criptografada que dificultam a decodificação de conversas sigilosas. Dilma tem telefones fixos em sua sala no Planalto e no Alvorada. Tem também um dos celulares criptografados. Outros ministros, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) e Celso Amorim (Defesa) também possuem aparelhos fixos e móveis protegidos. Mas a maioria revela certa dificuldade de usá-los.
Hábito
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou que, apesar de ter o celular seguro, a presidente quase nunca o usa. O ex-chanceler Antonio Patriota usava o fixo mais para receber chamadas. Tinha o cuidado de, ao falar de assuntos sensíveis, evitar seu próprio celular - variava entre os dos assessores -, mas raramente carregava o seguro.
Amorim parece ser um dos únicos que têm o hábito de usar o aparelho protegido. Mas conversas mais sensíveis com os comandantes das Forças são feitas pessoalmente.
Depois da denúncia de que os EUA monitoravam as comunicações de Dilma e assessores próximos, aumentou o interesse pelos equipamentos da Abin. Eles devem começar a ser distribuídos nos próximos dias. Quase todos devem receber tanto os telefones quanto os novos sistemas de codificação. Com a criptografia, espiões podem até acessar e-mails ou telefonemas, mas conseguirão ver e ouvir apenas ruídos e códigos.