As denúncias de que a Petrobras teria sido alvo de espionagem dos Estados Unidos repercutiram no Senado. Após reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que apontou a empresa brasileira como um dos alvos das interceptações realizadas pelo governo norte-americano, senadores foram ao Plenário pedir o cancelamento do leilão do Campo de Libra, localizado na camada de pré-sal na Bacia de Santos (SP). O leilão está marcado para o dia 21 de outubro.
"É muito provável que a espionagem tenha recolhido informações estratégicas sobre esse campo, informações que outras empresas não têm e que apenas as empresas americanas teriam", alertou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) em pronunciamento.
Na mesma linha, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que o leilão está “sob suspeita” e pediu à presidente da República, Dilma Rousseff, a sua suspensão imediata. O senador disse que seu partido estuda recorrer ao Supremo Tribunal Federal para cancelar o leilão.
"Esse leilão já está viciado. É um leilão de cartas marcadas. Não há como ele ser realizado", afirmou o senador, que apontou “latente interesse econômico” na questão.
Pedro Simon (PMDB-RS) também disse considerar “prudente” o adiamento. Em pronunciamento, o senador lembrou que os termos do edital já vinham sendo criticados por muitos especialistas, mesmo antes da denúncia de espionagem. Ele ressaltou o fato de que o potencial do Campo de Libra, entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, desperta “a atenção e a cobiça” de empresas de vários países. Para ele, empresas norte-americanas poderiam ser favorecidas com a interceptação de informações da Petrobras.
"Isso que está acontecendo é realmente dramático. O que está parecendo é que a espionagem do governo dos Estados Unidos é usada como pirataria, inclusive para favorecer as empresas americanas", afirmou.
Presidente da CPI da Espionagem, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), falou sobre a insegurança gerada pelas denúncias e frisando que não é possível manter o leilão, a não ser que haja "absoluta certeza" de que os dados do campo de Libra não foram vazados.
Em entrevista nesta segunda-feira, a senadora informou que o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que publicou as primeiras denúncias sobre o esquema de espionagem, deve ser um dos primeiros a serem ouvidos pela comissão. Vanessa não descarta a ida de integrantes da CPI à Rússia para ouvir o técnico de informática americano Edward Snowden, autor das denúncias de espionagem. A CPI vai elaborar seu plano de trabalho em reunião às 14h30 desta terça-feira (10).
"É muito provável que a espionagem tenha recolhido informações estratégicas sobre esse campo, informações que outras empresas não têm e que apenas as empresas americanas teriam", alertou o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) em pronunciamento.
Na mesma linha, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que o leilão está “sob suspeita” e pediu à presidente da República, Dilma Rousseff, a sua suspensão imediata. O senador disse que seu partido estuda recorrer ao Supremo Tribunal Federal para cancelar o leilão.
"Esse leilão já está viciado. É um leilão de cartas marcadas. Não há como ele ser realizado", afirmou o senador, que apontou “latente interesse econômico” na questão.
Pedro Simon (PMDB-RS) também disse considerar “prudente” o adiamento. Em pronunciamento, o senador lembrou que os termos do edital já vinham sendo criticados por muitos especialistas, mesmo antes da denúncia de espionagem. Ele ressaltou o fato de que o potencial do Campo de Libra, entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, desperta “a atenção e a cobiça” de empresas de vários países. Para ele, empresas norte-americanas poderiam ser favorecidas com a interceptação de informações da Petrobras.
"Isso que está acontecendo é realmente dramático. O que está parecendo é que a espionagem do governo dos Estados Unidos é usada como pirataria, inclusive para favorecer as empresas americanas", afirmou.
Presidente da CPI da Espionagem, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), falou sobre a insegurança gerada pelas denúncias e frisando que não é possível manter o leilão, a não ser que haja "absoluta certeza" de que os dados do campo de Libra não foram vazados.
Em entrevista nesta segunda-feira, a senadora informou que o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que publicou as primeiras denúncias sobre o esquema de espionagem, deve ser um dos primeiros a serem ouvidos pela comissão. Vanessa não descarta a ida de integrantes da CPI à Rússia para ouvir o técnico de informática americano Edward Snowden, autor das denúncias de espionagem. A CPI vai elaborar seu plano de trabalho em reunião às 14h30 desta terça-feira (10).