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Após denúncias de espionagem dos EUA, senadores querem cancelar leilão do pré-salPara Dilma, motivo de espionagem não é terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicosPetrobras diz que não comentará suposta espionagem pelos Estados UnidosSecretário dos EUA recebe chanceler brasileiro“Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro”, disse Dilma, na nota. Anteriormente, a presidenta havia cobrado de Obama, durante reuniões paralelas da cúpula do G20 (que engloba as maiores economias mundiais) em São Petersburgo, na Rússia, explicações sobre o monitoramento de dados pessoais dela, de assessores e cidadãos brasileiros.
Em visita ao Brasil, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, argumentou que o monitoramento feito pelos Estados Unidos tem objetivos de segurança e combate ao terrorismo. Independentemente das alegações, a presidenta disse que Obama prometeu responder às perguntas encaminhadas pelo governo do Brasil. De acordo com Dilma, se for necessário ela voltará a conversar com Obama.
“O presidente declarou para mim que assumia a responsabilidade direta e pessoal pelo integral esclarecimento dos fatos e que proporia, para exame do Brasil, medidas para sanar o problema”, disse a presidenta, em entrevista coletiva.
“O que eu pedi é o seguinte: 'acho muito complicado ficar sabendo dessas coisas pelo jornal. Eu quero saber: tem ou não tem? Além do que foi publicado pela imprensa, eu quero saber tudo o que há em relação ao Brasil. Tudo, tudinho, em inglês: 'Everything'”.
Nas duas últimas semanas, houve uma série de pedidos por informações aos Estados Unidos, reforçados pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e Figueiredo. Em meio à expectativa pelas informações, a presidenta deixou em aberto a possibilidade de viajar, em 23 de outubro, para Washington, nos Estados Unidos, com honras de chefes de Estado.