A Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu pela demissão de três servidores federais acusados de participação no esquema criminoso que ficou conhecido como Máfia das Ambulâncias. O esquema baseava-se no desvio de recursos do orçamento da União, repassados a prefeituras, por meio de emendas parlamentares, para a compra de unidades móveis de saúde e foi desmontado pela Polícia Federal, em 2006, durante a Operação Sanguessuga.
Na época, os três servidores do Executivo estavam cedidos a gabinetes de deputados e senadores e trabalhavam como secretários parlamentares. Eles emprestaram suas contas bancárias para que outros integrantes da quadrilha pudessem receber propina, beneficiando-se de parte do dinheiro depositado, segundo informações da CGU.
A Controladoria informa que, além da aplicação das penalidades administrativas, o órgão está encaminhando as principais peças dos autos ao Ministério Público Federal e à Advocacia-Geral da União para análise quanto a possíveis ações judiciais, e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para fins de eventual inelegibilidade decorrente da Lei da Ficha Limpa.
Segundo a CGU, um quarto servidor que também estava sendo investigado, Paulo Roberto de Oliveira Corrêa, foi absolvido das acusações por insuficiência de provas. O ato também está publicado no Diário Oficial desta quarta.