A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que criou o Programa Mais Médicos porque ouviu a demanda da população. Em discurso durante cerimônia de anúncio da construção da Linha 3 do metrô do Rio, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.
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Ela explicou que, ao mesmo tempo em que está trazendo médicos de outros países para trabalhar no Brasil, o governo pretende aumentar a formação de médicos no interior do país e na periferia das grandes cidades. “Está provado que geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência. Vamos ampliar também o número de médicos especialistas e, portanto, as oportunidades de residência.”
De acordo com a presidente, o Brasil não está fazendo nada diferente do que outros países, inclusive “ricos” fazem. Ela citou que países como o Canadá, Estados Unidos e Reino Unido tem mais de 25% da sua força de trabalho médica formada por estrangeiros. No Brasil, esse percentual é de menos de 2%.
Outra ação prevista do governo é melhorar a infraestrutura dos hospitais, por isso ela apoiou a destinação de 25% dos royalties do petróleo para a saúde e defende que 50% das emendas parlamentares sejam revertidas para essa área.
Na cerimônia, foram anunciados investimentos de R$ 2,57 bilhões para a implantação de uma linha de monotrilho de 22 quilômetros que vai ligar São Gonçalo a Niterói, no Grande Rio (a chamada Linha 3 do metrô). Segundo a presidenta, o modal será importante para aliviar o trânsito na região e aproximar os moradores de seu trabalho e estudo, reduzindo o tempo do trajeto. Dilma disse que nas décadas de 80 e 90, os governos diziam que investir em metrô era coisa de país rico, por isso agora é preciso “correr atrás do prejuízo”.
Antes do início do evento no Clube Mauá de São Gonçalo, alguns manifestantes vestidos de preto protestavam, do lado de fora, contra questões como o voto secreto no Congresso Nacional e a proibição do uso de máscaras nas manifestações do Rio de Janeiro.