Brasília – O sinal dado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que devem aceitar fazer um novo julgamento de alguns réus do mensalão animou os petistas e incomodou a oposição. Ao longo da sessão, o tema repercutiu nas redes sociais. No Congresso, de um lado há a expectativa de que a revisão das penas resulte em afrouxamento da decisão anterior e, de outro, existe o temor de que a impunidade prevaleça. O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), argumenta que a análise dos embargos infringentes deve ser feito. “Acho que agora vai ser discutido o mérito e temos que confiar que a maioria do Supremo vai julgar na forma da lei”, comentou.
Imagem arranhada
Para a oposição, no entanto, se os ministros confirmarem a tendência de refazer o julgamento para os réus que tiveram ao menos quatro votos favoráveis, prejudicarão a imagem da própria Corte. “O Supremo está dizendo para o mundo que o Brasil é o país da impunidade”, criticou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). Mesmo contrário à análise dos embargos infringentes, o senador Alvaro Dias (PDSB-PR) diz acreditar que o resultado será o mesmo. “Isso posterga a decisão, alonga esse calvário, mas a nossa expectativa é de que a decisão primeira seja preservada”, destacou. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi mais incisivo: “Reverter o que já foi julgado é uma temeridade diante da opinião pública”.