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Para Dilma, motivo de espionagem não é terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicosDilma condiciona visita a Obama à prestação de informações pelos EUA sobre espionagemNova embaixadora dos EUA assume posto em BrasíliaA presidente da Petrobrás, Graça Foster, também presente ao evento, defendeu a qualidade do sistema de proteção de informações da companhia e disse que o Brasil é um “país tranquilo”, sem ameaças terroristas que poderiam justificar atos de espionagem.
O eventual cancelamento da visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos no próximo mês teria impacto negativo para os dois lados e prejudicaria o processo de fortalecimento da relação bilateral em andamento desde o início da gestão da presidente, em 2011, avaliam especialistas ouvidos pela reportagem.
A tentativa de viabilizar a viagem teve um capítulo crucial ontem, com o encontro do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, em Washington.
“Os governos do Brasil e dos Estados Unidos precisam decidir se vão deixar o diálogo bilateral continue a ser refém de um jornalista, que poderá divulgar novas informações quando quiser”, afirmou Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute do Wilson Center, em referência a Glenn Greenwald, colunista do The Guardian, que divulgou documentos sobre a inteligência americana em poder do ex-técnico da NSA Edward Snowden.
A visita terá um caráter simbólico importante, observou Peter Hakim, do Inter-American Dialogue. “Essa é a primeira visita de Estado de um presidente brasileiro aos Estados Unidos desde Fernando Henrique Cardoso e a única programada pela Casa Branca para este ano”, ressaltou.