Jornal Estado de Minas

Novo centro administrativo da prefeitura reacende polêmica entre vereadores de BH

Vereadores da oposição e da base aliada discutem em plenário a proposta da Prefeitura de BH de criar um centro administrativo no bairro Lagoinha

A Prefeitura de Belo Horizonte está elaborando projeto de lei para ser enviado à Câmara Municipal e, com isso,  viabilizar a construção de um centro administrativo do Executivo municipal no bairro Lagoinha, na Região Noroeste. Nesta quinta-feira, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que ainda não há estimativa de custo nem prazo definido para envio da matéria para análise e aprovação dos vereadores. Em contrapartida, o vereador Arnaldo Godoy (PT) reiterou hoje que os moradores da região da Lagoinha “precisam ficar alertas aos impactos” que a construção poderá provocar na qualidade de vida da população local.
Nessa quarta-feira, vereadores discutiram o assunto de forma acalorada, em plenário da Câmara de BH. Godoy fez coro com o vereador Adriano Ventura (PT) ao apresentar ressalvas à proposta da Prefeitura de Belo Horizonte de construir uma nova sede para a administração municipal. De acordo com Godoy, a decisão não é a mais acertada para a capital, tendo em vista que a Lagoinha é um bairro “bastante adensado e conta com vários imóveis tombados”. O vereador defendeu uma audiência pública na Câmara para debater o tema.

Ventura, por sua vez, acrescentou que a Lagoinha deveria ser alvo de um processo de revitalização. De acordo com ele, essa diretriz, se implantada, não deveria envolver a implantação do centro administrativo da prefeitura. Ventura argumentou que “a maioria dos moradores da Lagoinha” seria contrária à realização da obra.

Defesa

O vereador Wellington Bessa (PSB),  da base aliada do prefeito na Casa, defendeu a proposta de um novo centro administrativo. Bessa disse que a iniciativa seria “visionária” e contribuiria para a redução dos custos implicados na gestão do município. De acordo com ele, a concentração dos serviços administrativos em uma área específica da cidade poderia levar a uma economia de até R$ 30 milhões anuais. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte também informou nesta quinta-feira que o assunto só voltará a ser discutido pelo Executivo assim que o projeto de lei sobre o assunto estiver concluído para ser enviado à Câmara municipal.