A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou, há pouco, com unanimidade, os nomes dos diplomatas Afonso José Sena Cardoso, para assumir a Embaixada do Brasil na Irlanda, e de José Roberto de Almeida Pinto, para ocupar o cargo de representante permanente do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
O Brasil abriu a Embaixada em Dublin, na Irlanda, em 1991, e a sede diplomática irlandesa em Brasília foi aberta há 12 anos, período em que se intensificaram as relações entre os dois países. abriria Embaixada em Brasília em 2001, intensificando-se relações econômicas. O fluxo comercial entre os dois países registrou incremento de quase 27% entre 2007 e 2012, passando de US$ 771,4 mil a mais de US$ 1 milhão. O Brasil, basicamente, importa manufaturados da Irlanda, como produtos farmacêuticos, químicos, orgânicos, instrumentos médicos e máquinas mecânicas. As vendas brasileiras para a Irlanda são compostas principalmente por manufaturados e produtos básicos.
Os dois países também mantém cooperação no setor educacional, com programas universitários na área de nanotecnologia aplicada à medicina e à exploração do petróleo. No Programa Ciência sem Fronteiras, a Irlanda ofereceu 4 mil vagas em universidades e institutos tecnológicos na modalidade graduação-sanduíche. A população brasileira na Irlanda hoje está em torno de 18 mil pessoas.
José Roberto de Almeida Pinto, de 60 anos, que será o representante brasileiro na CPLP, está há quase quarto décadas na carreira diplomática. O carioca foi chefe da Divisão Especial de Avaliação Política da Secretaria-Geral de Política Exterior, em 1990, e coordenou e chefiou o gabinete do órgão em 1995.
Almeida Pinto também atuou na Embaixada em Roma, como Ministro-Conselheiro e foi representante brasileiro na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1998. O diplomata comandou as sedes diplomáticas do Brasil em Honduras, em 2005, e na Guatemala, em 2010, e assumiu o Consulado-Geral em Roma, em 2008.
A CPLP foi fundada em 1996 e, atualmente, tem oito países-membros – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – que buscam cooperação em várias áreas como educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, segurança pública e cultura.