Na reunião de uma hora e meia que teve com a presidente Dilma Rousseff, na tarde desta quinta-feira o ministro do Trabalho, Manoel Dias, pediu ajuda para escolher o novo secretário-executivo da Pasta. Roberto Pinto, o número 2 anterior, pediu demissão na terça-feira, depois de ter o nome envolvido num escândalo de desvio milionário de dinheiro de convênios de ONGs com o ministério, apurado pela Operação Esopo da Polícia Federal. O nome do novo secretário-executivo não foi ainda definido.
Desde o início da semana, Manoel Dias vinha conversando com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti. Além de fazer sua defesa, Dias tratou com as ministras das boas relações do governo com o PDT - partido do ministro do Trabalho - e a necessidade de que a legenda continue na base da presidente Dilma Rousseff.
Na reunião com a presidente, Dias relatou que está realizando uma devassa nas contas do ministério. Nesta quarta-feira, 11, o ministro convocou uma reunião de cúpula, com todo o secretariado da Pasta, e determinou que fosse realizado um mutirão para fazer um amplo levantamento e análise dos convênios. O ministro do Trabalho também relatou à presidente que está solicitando apoio de outros órgãos do governo para realizar esse "pente fino" nas contas do ministério, entre eles a Controladoria-Geral da União (CGU).