O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados para a reforma política aprovou ontem a proposta de mandato de cinco anos sem reeleição para vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, governadores e presidente da República, a partir da eleição de 2018. Na semana passada, os parlamentares do grupo votaram sim ao fim da reeleição, também com entrada em vigor apenas em 2018. O grupo da reforma política foi criado em julho para discutir temas como a fidelidade partidária, reeleição, tempo de mandato e financiamento de campanha. No entanto, para que passem a valer precisam ser transformadas em projetos de lei, ou propostas de emenda constitucional, quando for o caso, e aprovadas pelo Congresso Nacional.
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Henrique Alves diz que reforma política poderá ser votada no fim deste mêsReforma de Código do Processo Penal reduz número de presosSenado aprova base da reforma eleitoral, mas precisa fazer nova votaçãoReforma política recebe pressão da CNBB e outras 12 entidades TSE anula recurso que questiona mandato de políticosMinirreforma eleitoral é um dos destaques no Senado para a próxima semanaO grupo tem 16 integrantes. A votação de ontem, no entanto, ocorreu com apenas sete deputados na sessão. Na abertura havia quórum regulamentar, de nove parlamentares. No entanto, o número caiu mas, como não houve pedido de verificação de presentes, a votação pôde ser realizada. Na reunião os deputados não decidiram o tempo de mandato dos senadores, se também seria de cinco anos ou subiria para 10. Hoje o tempo de permanência no cargo é de oito anos.
O grupo aprovou também na semana passada a unificação das eleições. As disputas, que hoje acontecem de dois em dois anos, seriam realizadas de cinco em cinco anos. A regra a ser empregada para que os pleitos coincidam ainda não foi definida. A expectativa é de que o grupo entregue o relatório sobre a reforma no dia 30.
Decreto
Em 28 de agosto, PT, PDT, PSB e PCdoB apresentaram um projeto de decreto legislativo (PDC) propondo plebiscito sobre a reforma política. O texto teve 188 assinaturas, 17 a mais que o necessário para que fosse protocolado. O PDC precisa agora ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara dos Deputados. Em seguida, o projeto segue para o Senado.