O deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) é suspeito de ser o verdadeiro dono do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) apontada como pivô do esquema que teria desviado cerca de R$ 400 milhões de recursos destinados ao programa Projovem, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de acordo com as investigações da Operação Esopo. A entidade está registrada em nome do empresário Deivson Oliveira Vidal, preso na segunda-feira durante a Operação Esopo, que prendeu 22 pessoas, seis delas ex-prefeitos de cidades mineiras, e provocou a queda de quatro pessoas da pasta do Trabalho, entre elas o secretário-executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao PDT. O homem de confiança de Ademir Camilo, Marcos Vinícius Silva, o Marquinhos, que foi seu assessor na Câmara dos Deputados até julho, era quem apresentava o IMDC aos prefeitos para implantação do programa.
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PF desbarata quadrilha acusada de desviar R$ 400 milhões em licitações de prefeiturasPF descobre fraude em mais duas instituiçõesEx-prefeitos mineiros presos por fraudes em licitações acusam deputadoMinistro exonera assessores suspeitos de fraudesDeputado mineiro é suspeito de desvio de recursos do Ministério do TrabalhoEm reportagem publicada pelo Estado de Minas, em janeiro de 2012, Ademir Camilo, ainda no PDT, participou da solenidade de lançamento do ProJovem em São Francisco, onde o IMDC foi responsável pela implantação do programa. Agora preso, o ex-prefeito da cidade José Antônio da Rocha Lima confirmou à PF que foi o parlamentar quem negociou a verba que viabilizou a contratação da Oscip, indicada pelo grupo. O ex-prefeito de São João da Ponte Fábio Fernandes Cordeiro (PDT) disse que o deputado negociava a liberação dos recursos diretamente com o ex-ministro Carlos Lupi.
Dilma recebe ministro O ministro do Trabalho, Manoel Dias, esteve reunido por cerca de uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi a primeira vez que ele esteve com a presidente desde que a pasta imergiu em crise depois de deflagrada a Operação Esopo, da Polícia Federal. O ministro saiu sem falar com a imprensa.