São Paulo - O ex-presidente do PT e deputado José Genoino (SP) vai pedir que a Câmara prolongue a sua licença médica. Desde que teve de passar por uma cirurgia cardíaca de emergência, no dia 24 de julho, Genoino está afastado do cargo. A licença do petista vence na quarta-feira, 18.
Na semana passada, o deputado já tinha protocolado um pedido de aposentadoria por invalidez. A solicitação está sendo avaliada por uma junta médica da Câmara.
Até esta quinta-feira, 12, havia um empate de 5 a 5 nos votos que decidirão se vai haver um novo julgamento. A sessão foi adiada para a semana que vem. Para o advogado do petista, Luiz Fernando Pacheco, a posição dos ministros de se estenderem nos votos, o que deixou a decisão para a quarta-feira, “é natural”. “A Corte tem que votar com serenidade. Eles se debruçam seriamente em estudar os votos em situações de empate”, afirmou.
A empregada doméstica do deputado disse nesta quinta que ele está mais confiante. “Ele está bem. Está mais calmo e mais confiante. Ele disse para a gente que até dormiu melhor essa noite”, afirmou, depois de encerrar o expediente. Segundo a funcionária, o petista também mudou seu hábitos depois dos problemas de saúde. A pedido dos médicos, Genoino parou de fumar e passou a caminhar só no quintal de sua casa. Antes, o petista costumava caminhar todos os dias de manhã pelo bairro.
Nesta quinta, Genoino recebeu a visita de sua fisioterapeuta às 14 horas, quando começava a sessão no Supremo. Durante a tarde, outras seis pessoas foram à casa do petista, entre amigos e correligionários do deputado.
Vídeo
Em vídeo divulgado na internet, Genoino agradeceu as manifestações de apoio que recebeu após a cirurgia. “Eu quero, de coração, agradecer aos que organizaram e aos que assinaram um manifesto afirmando a confiança na minha história, nos meus propósitos e objetivos”, disse.
Genoino se referia a uma carta intitulada "Nós estamos aqui", que foi assinada por políticos, artistas e intelectuais, como o escritor Fernando Morais, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o ator José de Abreu.
A defesa do deputado juntou o manifesto ao processo e apresentou o documento ao STF na terça-feira, antes de a Corte começar a analisar os embargos infringentes. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.