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Espionagem americana será tema de debate em comissão da CâmaraApós denúncias de espionagem dos EUA, senadores querem cancelar leilão do pré-salPara Dilma, motivo de espionagem não é terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicosDilma diz que Unasul vai criar comissão para atuar na VenezuelaPaís quer aprofundar parceria com a Rússia, diz Amorim"A América do Sul tem um papel que exerce na ordem mundial, contribuindo como uma força para a paz e a justiça, além do pleno cumprimento das normas internacionais", afirmou. Segundo ele, a visão estratégica brasileira é de que a Unasul deverá ser, progressivamente, um dos centros políticos do mundo e a defesa da região não é delegável. "Estamos diante de ameaças novas, impulsionadas por tremendo progresso tecnológico, direcionado a fins incompatíveis com um mundo mais pacífico e democrático", afirmou.
O ministro mencionou o episódio de espionagem por parte dos Estados Unidos no Brasil e nos demais países da região. "De acordo com recentes revelações, a América do Sul aparece como uma região sujeita a operações de espionagem em massa e temos que refletir sobre como cooperar para enfrentar estas novas formas de ataque e intrusão em nossa soberania", afirmou o ministro.
Ele recordou que os fatos de espionagem estão relacionados aos recursos naturais dos países e a região representa 12% da superfície terrestre, na qual tem 25% do total de terras cultiváveis, 25% da água doce do mundo, 40% da biodiversidade do planeta, reservas de mais de 120 bilhões de barris de petróleo e enormes reservas de recursos minerais. "O Conselho de Defesa Sul-americano tem a tarefa de avaliar as ameaças à soberania dos países da região à luz da valoração destes ativos em nível global", observou.