A série de reuniões sobre os convênios do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) terá uma nova rodada de discussão já no início da próxima semana. Conforme informou nesta sexta-feira, 13, o titular da Pasta, Manoel Dias, na segunda-feira, 16, haverá reunião, em Brasília, com diversos órgãos da Administração Pública Federal para definir quais instituições passarão ter integrantes na comissão criada para analisar os convênios do MTE. O problema envolve, principalmente, ligações do MTE com o Instituto Mundial de Desenvolvimento da Cidadania (IMDC). A informação sobre a reunião de segunda está presente em nota distribuída pela Assessoria de Comunicação Social do ministério. Não foi informado ainda, porém, o horário dessa reunião.
Na nota, o MTE informa que Dias anunciou nesta sexta-feira, em Curitiba (PR), a ampliação da comissão que analisa as prestações de contas dos convênios do ministério. "A presidenta Dilma Rousseff determinou que outros ministérios designem servidores para compor a comissão", disse o ministro. "A ideia é reforçar a comissão do MTE para que o mutirão conclua os trabalhos, na medida em que contará com maior número de funcionários qualificados em análises e auditorias de contas públicas", destacou.
Nesta sexta-feira, Manoel Dias esteve em Curitiba, onde participou da abertura 90ª reunião do Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho (Fonset). Nesta quinta-feira, 12, entretanto, ele esteve reunido com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, conversando sobre a crise que abarcou o MTE desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Esopo, na última segunda-feira, 9. O caso inclui denúncias de desvios de recursos da Pasta. Nesta quinta, Dias disse à presidente que estava solicitando apoio de outros órgãos do governo para realizar esse "pente-fino" nas contas da Pasta. Dentro desse princípio, a Controladoria-Geral da União (CGU) já está com vaga praticamente garantida na comissão do MTE que analisará os convênios.
A crise no MTE teve seu auge na terça-feira, 10, com a saída do secretário executivo da Pasta, Paulo Roberto Pinto. Ele era o "número 2" na hierarquia do MTE e pediu deixar a vaga. Ao sair, citou "ter plena convicção de que sempre agiu de acordo com os princípios éticos e balizadores da moralidade pública", em carta dirigida a Dias. Ainda em reflexo à operação da PF, o Ministério do Trabalho exonerou também Anderson Brito Pereira do cargo de assessor do ministro e Geraldo Riesenbeck do cargo de coordenador-geral de Contratos e Convênios da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego.