No documento, o Ministério Público pede as investigações para que possa formar opinião sobre o caso. Para isso, o MPF quer que a Polícia Legislativa ouça os servidores responsáveis pela rubrica nas listas de votação, em especial, a da Folha 92, para esclarecer o procedimento de acesso e o porquê da assinatura.
O MPF também requer informações sobre acesso à lista de assinatura, sobre a presença de servidores acompanhando o processo e sobre a votação propriamente dita, com a identificação dos funcionários, se for o caso. O Ministério Público quer saber também se a lista foi assinada antes da votação, onde se armazenaram as listas e quais os servidores responsáveis.
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também se manifestou sobre o episódio, em nota oficial, confirmando que a sessão de 6 de março não será anulada. “A sessão continua válida, já que o voto mencionado não interferiu no resultado da votação. A urna onde foi depositado o voto do referido deputado continha 39 votantes. Ainda que toda a urna fosse anulada, seria insuficiente para alterar o resultado final.”
Renan disse que espera contar com o Ministério Público e a Polícia Federal para aprofundar as investigações e analisar todas as hipóteses. “Em qualquer inquérito ou investigação, a primeira pergunta a ser respondida é: 'a quem interessa o crime?'. Infelizmente, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados não conseguiu responder a esta crucial indagação.”
Ele informou que o Congresso vai disponibilizar tudo que for necessário ao Ministério Público e à Polícia Federal para elucidar a fraude e identificar o autor. “As autoridades agora envolvidas no desdobramento da investigação precisam, prioritariamente, identificar e apontar o autor do delito, a fim de afastar a principal suspeita: a de fraude intencional com objetivo de anular a sessão.”