A presidenta Dilma Rousseff lamentou a morte de Luiz Gushiken, ocorrida na noite dessa sexta-feira (13). Gushiken era tratado há doze anos de um câncer no estômago e morreu em decorrência de "falência de múltiplos órgãos, ocasionada por um sangramento e obstrução intestinal", segundo boletim médico do hospital. Por meio de nota, Dilma se referiu ao ex-ministro como um amigo. O corpo de Gushiken é velado neste sábado, no cemitério do Redentor, na Zona Oeste de São Paulo.
“A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartilhar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte”, diz.
Dilma ainda comentou que foi colega de ministério de Gushiken no governo Lula, e diz que ele “partiu como viveu. Com coragem”. E acrescentou: “Aos familiares e amigos, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro”.
Nascido na cidade de Osvaldo Cruz (SP) no dia 8 de maio de 1950, Luiz Gushiken cursou administração pela Fundação Getúlio Vargas entre 1973 e 1979. Escriturário do antigo Banco do Estado de São Paulo (Banespa), onde chegou a assumir o cargo de diretor, Gushiken presidiu o Sindicado dos Bancários do estado entre 1985 e 1987.
Além de participar da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Gushiken foi um dos fundadores do PT em 1980. Deputado federal constituinte por São Paulo, presidiu o partido no final da década de 1980. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, foi membro titular de uma subcomissão na Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Atuou como deputado durante três mandatos consecutivos até 1999.
Após participar das campanhas presidenciais de Lula em 1989 e em 1998, Gushiken assumiu a chefia da Secretaria de Comunicação Social do primeiro mandato do então presidente. Deixou o cargo e o status de ministro em 2005, em meio a denúncias de tráfico de influências de contratos que supostamente beneficiaram a Globalprev, de sua propriedade.
Gushiken permaneceu no governo como chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, até novembro de 2006, após a reeleição de Lula, quando pediu exoneração do cargo. Na época, vieram à tona as denúncias do mensalão.
Acusado pelo Ministério Público pelo crime de peculato no julgamento, Luiz Gushiken foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. A alegação, na época, era que o ex-ministro tinha conhecimento do repasse irregular de R$ 73,8 milhões pelo Banco do Brasil à agência DNA Propaganda, de Marcos Valério. Em 2011, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a absolvição de Gushiken por falta de provas.
Durante o julgamento, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que acusou Gushiken em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios em 2003, retirou a imputação quando ouvido em juízo durante o processo. Em maio deste ano, a absolvição de Gushiken foi oficializada pelo Supremo.
Luiz Gushiken é autor do livro Uma Nova Ordem Mundial, publicado em 1994.
“A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartilhar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte”, diz.
Dilma ainda comentou que foi colega de ministério de Gushiken no governo Lula, e diz que ele “partiu como viveu. Com coragem”. E acrescentou: “Aos familiares e amigos, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro”.
Nascido na cidade de Osvaldo Cruz (SP) no dia 8 de maio de 1950, Luiz Gushiken cursou administração pela Fundação Getúlio Vargas entre 1973 e 1979. Escriturário do antigo Banco do Estado de São Paulo (Banespa), onde chegou a assumir o cargo de diretor, Gushiken presidiu o Sindicado dos Bancários do estado entre 1985 e 1987.
Além de participar da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Gushiken foi um dos fundadores do PT em 1980. Deputado federal constituinte por São Paulo, presidiu o partido no final da década de 1980. Durante a Assembleia Nacional Constituinte, foi membro titular de uma subcomissão na Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Atuou como deputado durante três mandatos consecutivos até 1999.
Após participar das campanhas presidenciais de Lula em 1989 e em 1998, Gushiken assumiu a chefia da Secretaria de Comunicação Social do primeiro mandato do então presidente. Deixou o cargo e o status de ministro em 2005, em meio a denúncias de tráfico de influências de contratos que supostamente beneficiaram a Globalprev, de sua propriedade.
Gushiken permaneceu no governo como chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, até novembro de 2006, após a reeleição de Lula, quando pediu exoneração do cargo. Na época, vieram à tona as denúncias do mensalão.
Acusado pelo Ministério Público pelo crime de peculato no julgamento, Luiz Gushiken foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. A alegação, na época, era que o ex-ministro tinha conhecimento do repasse irregular de R$ 73,8 milhões pelo Banco do Brasil à agência DNA Propaganda, de Marcos Valério. Em 2011, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a absolvição de Gushiken por falta de provas.
Durante o julgamento, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, disse que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que acusou Gushiken em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios em 2003, retirou a imputação quando ouvido em juízo durante o processo. Em maio deste ano, a absolvição de Gushiken foi oficializada pelo Supremo.
Luiz Gushiken é autor do livro Uma Nova Ordem Mundial, publicado em 1994.