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Senado determina corte de gastos com correspondênciaSenado aprova perda automática de mandato em caso de condenações de parlamentaresSenado aprova resolução que aumenta fiscalização sobre políticas públicasO diretor do instituto na época era Carlos Roberto Stuckert — hoje adjunto do órgão —, que chegou a figurar como um dos maiores salários do Senado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Procurado pelo Correio, ele não quis dar detalhes: “Não estou sendo investigado, apenas era chefe quando o fato ocorreu”.
A investigação interna do Senado foi publicada no Boletim Administrativo na semana passada. Uma comissão nomeada pela Casa terá 60 dias para concluir um relatório. O ILB oferece cursos para os servidores do Senado e de órgãos conveniados (como câmaras municipais e assembleias legislativas) e para a população.
O Senado alegou que, ao saber do ocorrido, “imediatamente a Secretaria de Polícia Legislativa instaurou inquérito policial para procedimentos de investigação”. “Foi determinada a abertura de sindicância, conforme Portaria do Primeiro-Secretário nº 37/2013. Da sindicância, resultou a abertura de processo administrativo disciplinar”, respondeu.
A Casa não liberou resultados preliminares da investigação, sob o argumento de que a Lei de Acesso à Informação “impede a divulgação de processo de fiscalização em andamento, respondendo o agente pelos danos causados em decorrência da divulgação indevida ou não autorizada dessas informações”.
O Centro Universitário Unieuro disse que, em janeiro, foi procurado pela Polícia Legislativa do Senado, que pediu acesso às gravações das câmeras de segurança da instituição. De acordo com a assessoria do Unieuro, após a verificação dos vídeos, “não foi encontrada nenhuma irregularidade (por parte do centro universitário)”. “O Unieuro não tem conhecimento dessas ações ilegais dentro das suas instalações, e nega a compra de material sem nota fiscal.”
Selos
A venda de toners não é o único caso de supostos desvios investigados pelo Senado. Em junho, a Casa abriu auditoria para apurar despesas de senadores e da área administrativa com selos. Isso porque a Casa gastou quase R$ 2 milhões com a compra de 1,4 milhão de selos em um ano e quatro meses, mas não sabe o que ocorreu com o material.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa em seu site, o Senado diz que “somente após a conclusão da auditoria, terá condições de informar o número de postagens e outros serviços solicitados à ECT e os correspondentes custos anteriores a maio deste ano”.
R$ 300
Valor de cada toner comprado pelo Senado