O senador José Sarney (PMDB-AP) retomou nesta segunda-feira suas atividades parlamentares depois de 54 dias de afastamento. O senador passou por complicações de saúde ao contrair dengue e ter princípio de pneumonia. Sarney esteve internado no Hospital UDI do Maranhão e no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, de onde recebeu alta no último dia 21. Antes de deixar a internação, o senador passou por um cateterismo coronariano.
Em seu retorno ao Senado, Sarney participou de sessão solene que comemorou os 70 anos de criação do Amapá. Em discurso, ele comemorou a chegada ao estado por onde se elegeu – o senador é nascido no Maranhão – da linha de transmissão que vai ligar o Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O estado não era ligado ao sistema que distribui a energia elétrica ao restante do país por questões ambientais.
“Isso é importante porque é uma obra extraordinária. Eu a considero tão importante quanto aquela que determinou o presidente Juscelino [Kubitschek] ao fazer a Belém-Brasília. É uma obra que rasga a floresta com torres de transmissão atravessando o Rio Amazonas. Para que se tenha uma ideia do que significa a obra, ela foi feita acima da floresta, preservando a mata, para que, de modo algum, pudesse interferir no meio ambiente”, disse.
O senador disse que fez um esforço para reassumir o mandato nesta data para estar presente na comemoração dos 70 anos de criação do estado. Político e escritor, o maranhense José Sarney, de 83 anos, está na vida pública há 60 anos. Além de presidente da República de 1985 a 1990, presidente do Senado e governador do Maranhão, ele é autor de 24 livros e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).