O julgamento do Norberto Mânica, programado para ser realizado nesta terça-feira, foi adiado. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela suspensão do julgamento - que estava previsto para ocorrer em Belo Horizonte -. após pedido da defesa do réu, acusado de ser o principal mandante da chacina, ocorrida em janeiro de 2004, na cidade de Unaí, no Noroeste de Minas. Além de Mânica, seriam julgados o cerealista Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro. Ainda não foi marcada nova data para o caso ser apreciado pela Justiça.
Os auditores fiscais Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram mortos em 28 de janeiro de 2004 em Unaí, no noroeste de Minas, durante fiscalização de trabalho escravo.
Foram precisos nove anos de espera até que, há pouco mais de uma semana, depois de longa batalha judicial, com inúmeros recursos e adiamentos, fossem condenados os três primeiros responsáveis pela chacina de Unaí, que vitimou os quatro servidores do Ministério do Trabalho. A sentença, proferida pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, substituta da 9ª Vara Federal em Belo Horizonte, condenou Erinaldo de Vasconcelos Silva a 76 anos e 20 dias por quatro homicídios triplamente qualificados e por formação de quadrilha, Rogério Alan Rocha Rios a 94 anos de prisão pelos mesmos crimes e William Gomes de Miranda a 56 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado.
Com informações de Emerson Campos e Agência Brasil