Na véspera de o ministro Celso de Mello decidir solitariamente, com seu voto de desempate, se vai permitir ou não novo julgamento dos acusados do mensalão, a presidente Dilma Rousseff, pediu "imparcialidade" e "serenidade" aos "agentes da lei" para que eles "tenham liberdade para tomar decisões com base nos fatos e no direito, fundados em sua consciência e sempre protegidos de pressões de qualquer natureza".
Em nenhum momento a presidente Dilma fez qualquer referência ao mensalão. Mas, ela fez questão de defender que "a igualdade de todos perante a lei" e destacar que "acima de tudo, os brasileiros querem ter a certeza de que as leis serão cumpridas, os inocentes absolvidos e os culpados condenados". Para ela, "isto se chama justiça".
Dilma pediu também um Ministério Público com "autonomia e livre de pressões" e "uma polícia equipada e ciente de seu poder de investigação, com um poder judiciário sábio, ágil e sereno em suas decisões". Disse ainda que tem certeza que Janot imprimirá uma linha de atuação eficiente na PGR, marcada pela "sensatez e independência". E explicou: "sensatez, para fazer as melhores escolhas. Independência para resistir a pressões que pretendem exercer influência indevida sobre a atuação do Ministério Público".