Brasília – Elogiada pela base governista, a presidente Dilma Rousseff foi criticada por parlamentares da oposição no Congresso Nacional, que classificaram o adiamento da visita aos Estados Unidos como uma atitude de marketing eleitoral. Enquanto o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), viu no gesto de Dilma o desagravo a uma “ofensa à soberania” do Brasil, o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), apontou uma “tentativa de manipulação” por parte do governo.
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Visita adiada tem mesmo tom em comunicados do Planalto e da Casa BrancaAécio Neves ataca obras inacabadas e Bolsa FamíliaAécio ataca 'campanha antecipada' de petistasEm programa eleitoral, Aécio usa tom informal e diz que atualmente país é "paternalista"Pré-candidato ao Planalto, Aécio Neves é protagonista do programa do PSDB“A presidente foi ofendida, a soberania do povo brasileiro foi ofendida, foi um desrespeito”, respondeu o líder petista. Para Wellington Dias, o governo demonstrou “uma postura diferente, não só em relação a esse caso, mas às relações futuras do Brasil com o mundo”. Segundo o senador, com a decisão de não visitar Obama, Dilma responde “à bisbilhotagem, à espionagem, qualquer que seja o nome dado a isso”.
Parlamentares reuniram-se ontem com o embaixador da Rússia em Brasília, Sergey Pogóssovitch Akopov, para falar do interesse de uma delegação da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara de encontrar-se com o ex-consultor da NSA Edward Snowden, asilado na Rússia. Segundo o presidente da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), o embaixador se comprometeu a explicar a Moscou as intenções dos políticos e prometeu uma resposta “em breve”.